Eric Hobsbawm foi um historiador britânico, um nome extremamente importante da intelectualidade do século XX, era também membro ativo do Partido Comunista britânico. Escreveu grandes obras como: Era dos Extremos, Era das Revoluções, Era do Capital e Era dos Impérios.
Eric teve uma vida durante sua infância e adolescência muito conturbada, era filho de pais judeus, durante essa época viveu em Viena e Berlim, ambas sofrendo crise econômica extrema, sendo essa uma das consequências da Primeira Guerra Mundial na época, seus pais morreram e ele acabou sendo adotado por uma tia, todos esses eventos em sua vida colaboraram para Hobsbawm, posteriormente se tornasse um grande historiador.
Era extremamente ativo na politica, desde novo se interessava pelo assunto devido a toda a situação em que nasceu e cresceu, como dito anteriormente, era membro do Partido Comunista e durante a Segunda Guerra Mundial, atuou contra os nazistas pelo Exército Britânico, já sendo um intelectual de destaque na época, com todo seu conhecimento e fluência em diferentes idiomas, ficou encarregado da inteligência durante esse acontecimento.
Ao termino da Segunda Guerra Mundial, Eric retorna a Universidade de Cambridge e dá inicio ao seu doutorado, onde começa a sua jornada de dedicação a História, de onde veio as suas obras aqui já citadas, sendo a principal delas e motivo de sua grandiosidade no meio intelectual e fama: Era dos Extremos: o breve século XX, 1914–1991.
Essa é sua obra mais influente e onde percebemos o quão grande o nome de Hobsbawm é, e o quanto ele colaborou para que entendêssemos todos os eventos, em seus mínimos detalhes e como esse século passado moldou as relações internacionais atuais, todos os acontecimento e catástrofes moldaram o nosso presente. Hobsbawm dividiu o século XX, que ele chama de breve século em três partes, sendo elas: A Era das Catástrofes, sendo a primeira era e que existe durante a turbulante época da Primeira e Segunda Guerra Mundial:
“O Breve Século XX fora de guerras mundiais, quentes ou frias, feitas por grandes potências e seus aliados em cenários de destruição de massa cada vez mais apocalípticos, culminando no holocausto nuclear das superpotências, felizmente evitado. Esse perigo desaparecera visivelmente. O que quer que trouxesse o futuro, o próprio desaparecimento ou transformação de todos os velhos atores do drama mundial, com exceção de um, significava que uma Terceira Guerra Mundial do velho tipo se achava entre as perspectivas menos prováveis.” (HOBSBAWM, 1994)
A Era de Ouro, onde fala sobre a prosperidade pós Segunda Guerra Mundial:
“A Era de Ouro, como vimos, foi basicamente o grande salto avante das “economias de mercado desenvolvidas”, talvez vinte países habitados por cerca de 600 milhões (1960). A globalização e a redistribuição da produção continuariam a trazer para a economia global o resto dos 6 bilhões de pessoas do mundo. Mesmo pessimistas congênitos tinham de admitir que era uma perspectiva encorajadora para os negócios. A grande exceção era o aparentemente irreversível alargamento do abismo entre os países ricos e pobres do mundo, processo um tanto acelerado pelo desastroso impacto da década de 1980 sobre grande parte do Terceiro Mundo, e a pauperização de muitos países ex socialistas.” (HOBSBAWM, 1994)
E a ultima era, que é a Era das Crises, onde ele exemplifica utilizando a queda da União Soviética e o fracasso do modelo ultraliberal utilizado na época.
“Mais sério que o evidente colapso dos dois extremos polares foi a desorientação do que se poderia chamar de programas e políticas intermediários ou mistos que presidiram os mais impressionantes milagres econômicos do século. Eles combinavam pragmaticamente público e privado, mercado e planejamento, Estado e empresa segundo determinavam a ocasião e a ideologia locais.” (HOBSBAWM, 1994)
O historiador consegue, com proeza e acidez, explicar, criticar e fazer possíveis futuras previsões, baseadas em acontecimentos históricos, e nada melhor do que alguém que viveu grande parte desses momentos para dissertar sobre.
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